ENTRE ROSAS E ESPINHOS

Ergue-se a festa a El-Rei D. Dinis e a D. Isabel de Aragão, Rainha Santa, que por Terras de Óbidos estão. Colchas às janelas, flores em arco, gritos de alegria. São as gentes que se ajuntam para ver os soberanos chegar com o seu séquito entre os rufos dos tambores e as notas musicais das flautas e dos alaúdes. Eis que El-Rei e a soberana Rainha vem de visita a Óbidos para que esta veja, pelos seus próprios olhos, a mais linda terra que recebeu em arras pela sua união. Está o Mercado Medieval de Óbidos prestes a saudar tão real visita. 

Por estes tempos a vida medieval é dura, incerta, recheada de disputas mas em tempo de festa enche-se de música e danças, teatros e proezas inimagináveis. O povo rejubila, os comensais erguem os seus copos, os jograis e saltimbancos enchem o espaço de alegria. A festa é rija e animada.

As mesas fartas preparam-se de acordo com a ocasião, enchem-se de suculentas carnes e peixes, pão e entremezes, os copos transbordam de cerveja e vinho, os olhos tornam-se gulosos e as bocas sedentas. Está na hora da ceia, de matar a fome e de ganhar energias para celebrar noite dentro.